domingo, 6 de dezembro de 2009

Um pouco do que é a ideia do projeto Aldeias urbanas...


Aldeias Urbanas é um tecido de tribos.

Tecido que se tece junto,
que tribaliza saberes,
que se faz de enlaces de encontros,
que se forma em rede de redes,
que forma imaginários de formas.

Aldeias, tribos de metacuras;
Rito de passagem de cyberxamãs;
Caos cosmogênese da ordem;
Desordem embrião de metamorfoses.

Somos emergências de buscas;
Somos ativação de viveres;
Somos fluxos de múltiplas histórias.

De estações, usinas e veias marginais,
Fumaças condicionadas, obras de expansão
E indicadores de acesso,

Uma nova taba urbana,
Novas ocas na vila,
Em busca de cura, cultura de paz,
Das causas da paz, saúde e liberdade.

Bem-vindo às Aldeias Urbanas...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Bardo natural desta vida

Dentre algumas pistas que deixo em casa essa será uma outra que acrescentarei...

Agora que o bardo desta vida despona sobre mim,
Abandonarei a preguiça para a qual a vida nao tem tempo.
Entrarei sem distraçao no caminho do ouvir e do escutar, do
refletir, contemplar e meditar
Fazendo das percepçoes e da mente o caminho, realizarei os " tres Kayas: a mente iluminada.
Agora quando tenho um corpo humano,
Não há temp, no caminho, para a mente vaguear

Padmasambhava

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As Quatro Nobres Verdades


E por aqui vem se abrindo uma existencia com sentido.....


As Quatro Nobres Verdades são as seguintes:

A Existencia do Sofrimento - dele, ninguém escapa. Voce pode até ter umas horas felizes, mas depois virá o sofrimento. A isso damos o nome de IMPERMANÊNCIA. Uma hora estamos felizes, outra hora estamos tristes. Mas na essência, sempre vai haver sofrimento. Em sânscrito, existe uma palavra legal para descrever essa Primeira Nobre Verdade: duka. O que significa? Significa alegria e tristeza na mesma palavra, pra vc ver como tudo é impermanente. O bom de saber que todo mundo está sujeito a isso é que vc não se sente mal achando que é so vc que fica triste de vez em quando, não é uma boa? Também é possivel pensar que as coisas tristes também são impermanentes, sua dor, por pior que for, vai passar.

O sofrimento tem causas, as quais estao ligadas ao desejo que sentimos por coisas impermanentes - o sofrimento existe porque a gente fica ligado a coisas e situações impermanentes, ou seja, que têm começo, meio e fim, e que, quando acabam, claro, resultam em sofrimento. Eu acredito que vou ser feliz se... qualquer coisa acontecer ( um namoro, dinheiro, uma casa, etc, e ai) Como tudo isto é impermamente quando acaba, eu faço nova lista do que preciso, não é assim que a gente faz? A gente constrói nossa felicidade dependendo de certas condições.

O sofrimento tem um fim - Saca só!! Se somos nós que criamos o sofrimento, como vimos na Segunda Nobre Verdade, se eliminarmos as suas causas - o apego e a segurança a situações e coisas impermanentes - eliminamos o sofrimento!. Se construímos nossas felicidades ligadas a estes fatos transitórios, que tem começo, meio e fim, podedmos desconstruir esse sofrimento! É bom lembrarmos que ser feliz é viver em paz e paz não vem de coisas materiais e sim do nosso estado de espírito.

4º A grande noticia!! A Quarta Nobre Verdade nos diz que existe um caminho de oito passos que serve para nos ajudar a eliminarmos o sofrimento, a superarmos nossas dificuldades e sermos livres, que é O Caminho de Oito Passos ...... esse tenho que estudar para poder blogar aqui .... viiiixxiiiiiiii que Maravilhoso !!!!Pense na construção!!!! rsrsrsrs

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Cançao do Despertar

Uh oh! Não durmas agora, ser afortunado.

Desperta com diligência.

De tempos sem princípio até agora tens dormido em ignorância.

Agora é o momento de deixar o sono para trás e praticar virtude, com corpo, fala e mente.

Não te lembras de nascimento, doença, velhice e morte?

Todo sofrimento além da conta e além da medida?

Esqueceste?

Quem sabe se terás o dia inteiro?

Agora é o momento de praticar com diligência.

Ainda tens esta oportunidade de gerar benefício duradouro, então, por que desperdiçá-la por preguiça?

Se realmente contemplares a impermanência, consumarás a tua prática rapidamente.

Quando a hora da tua morte chegar, estarás confiante.

Com a tua prática consumada, não terás nenhum arrependimento.

Sem esta confiança, qual terá sido o propósito da tua vida?

A natureza de todos os fenômenos é vazia e sem identidade, como a lua refletida na água, uma bolha, uma alucinação, uma emanação, uma ilusão, uma miragem, um sonho, uma imagem no espelho, um eco.

Todo o samsara, todo o nirvana é assim.

Reconhece todas as coisas desta maneira.

Nada vem, nada fica, nada vai, além de qualquer descrição por palavras, além de qualquer concepção da mente.

Agora é o momento de alcançares a realização que é sem sinais."

Chagdud Tulku Rinpoche

O ponto

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Palestra - Curando a mente - Onde a Meditacao e Neurociencia Convergem by Ala Wallace

Elementos Essenciais do Florescer Humano
  • busca pela felicidade Genuina - Dalai-Lama diz que a busca da felicidade e o sentido da vida
  • busca na compreesao - causa da felicidade genuina
  • busca da virtude - crescimento, conhecimento e sabedoria
Busca por Felicidade

  • Felicidade mundana - estimulacao da mente que geram prazer - 5 sentidos, percepcao da mente ( 6 portas) , porta de traz (ex drogas);
  • Felicidade Genuina - o que damos ao mundo e nao o que tiramos do mundo
  • Comparacao Felidade mundana / Cacador/ Coletor x Felicidade Genunina/ Agricultor

Estrutura Pratica Contemplativa
  • Etica - socio ambiental
  • Equilibrio Mental - florescimento
  • Sabedoria - espiritual
Felicidade Genuina e um Estado Mental

Conativo - Atencao
  • Deficiencia Conativa - perda de desejo por felicidade e suas causas - apatia - desequilibrio mental - apego excessivo - desejo pelo nao temos - objeto de apego ( colocar a felicidade em algo ou alguem
Cultivo do Equilibrio Conativo
  • A apatia remediada com o reconhecimento de possibilidades de felicidade genuina
  • Desejo obsessivo e remediado com o cultivo do contentamento
  • Desjos equivocados e remediado com reconhecimento das verdadeiras causas da felicidade genuina e da vulnerabilidade do sofrimento
Desequilibrios Atencao

  • Desleixo - perda da clareza e nitidez na atencao
  • Excitacao ( hiperatividade) agitacao involuntaria, distracao alavancadas por desejos compulsao
  • Disfuncao da atencao: formas aflitivas atencao
Como cultivar a atencao

Mindfulness (presenca mental)
  • coerencia de atencao
  • oposto 'e o esquecimento
  • distracao
Metacognicao - absorver, monitorar a mente - controle de qualidade
  • Conforto e relaxamento do corpo e mente
  • Clareza da atencao
O resultado 'e a estabilidade , nitidez e relaxamento

Cognitivo - como aprendemos

Desiquilibrio Cognitivo
  • Deficiencia Cognitiva - ouve mas nao escuta.
  • Extremos:
- Estado Vegetativo
- Hiperatividade: ouvir coisas que nunca foram ditas, vemos o que nao aconteceu

Cultivo Equilibrio Cognitivo

4 aplicacoes da Presenca Mental:
  • Ao corpo e ao mundo fisico
  • Aos sentimentos
  • Aos Estados e Processos Mentais
  • Ao fenomeno em geral
INTERDEPENDENCIA entre as aplicacoes!!!!!

Afetivo - Emocoes

Desequilibrios afetivos
  • Deficiencia : apatia
  • Hiperatividade: apego, raiva, mania de depressao, medo e bajulacao
  • Disfuncao - respostas inadequadas as situacoes
Cultivo ao Equilibrio Afetivo
  • Bondade amorosa
  • Compaixao
  • Alegria Empatica
  • Equanimidade
Remedios para os desequilibrios afetivos
  • Para o hedonismo a bondade
  • Para o distanciamento indiferente a compaixao
  • Para a depressao a alegria empatica
  • Para o apego a equanimidade

sexta-feira, 1 de maio de 2009

The Principles of World Cafe

bullet

Clarify the Context

bullet

Create Hospitable Space

bullet

Explore Questions That Matter

bullet

Connect Diverse Perspectives

bullet

Encourage Each Person's Contribution

bullet

Listen Together for Patterns, Insights and Deeper Questions

bullet

Share Collective Discoveries


beyond the words....

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Words are Windows ( or they're walls)

I feel so sentenced by your words,
I feel so judged and sent away,
Before I go I've got to know
Is that what you mean to say?

Before I rise to my defense,
Before I speak in hurt and fear,
Before I build that wall of words,
Tell me, did I really hear?

Words are windows, or they're walls,
They sentence us, or set us free.
When I speak and when I hear,
Let the lovelight shine through me.

There are things I need to say,
Things that mean so much to me,
If my words don't make me clear,
Will you help me to be free?

If I seemed to put you down,
If you felt I didn't care,
Try to listen through my words
To the feelings that we share.


(Ruth Bebermeyer, sakset fra Marshall B. Rosenberg, Ph.D: “Nonviolent Communication – a Language of Life


Nonviolent Communication

" out beyond ideas of wrongdoing and rightdoing there's a field. I'll meet you there"

sábado, 18 de abril de 2009

Erros e Acertos

Cheguei a momentos de querer sumir, ou melhor, apagar palavras que disse, atos que cometi.

Impossível!!! Eu sei!!!

Então percebi que sou humano, não sou perfeito e nunca serei.

Erros cometemos, muitos, infelizmente, mas com os erros aprendemos também.

E aprendi

Aprendi que não se deveria repetir os erros cometidos, pois se tornaria burrice.

Aprendi que a melhor maneira de se redimir de um erro é assumindo-o.

Aprendi como é amargo o gosto da culpa de ter errado.

Aprendi que ás vezes só o tempo é capaz de curar as feridas deixadas pelos nossos erros.

E aprendi a nunca desistir, errando acertando, mas sempre na tentativa de ser feliz, sempre buscando a felicidade.

Pois meus erros são reflexos das minhas tentativas sem sucesso de tentar ser feliz, te fazer feliz.

Erros estes que se tornam mínimos, pois me encontro na felicidade de estar ao teu lado e de ter teu carinho, que resume no sorriso que desenha no meu rosto toda vez que te encontro.

domingo, 29 de março de 2009

A experiência de viver


A experiência é uma coisa; o viver é outra. A experiência é uma barreira ao viver; agradável ou desagradável, impede o florescimento dele. A experiência já está encerrada na rede do tempo, já está no passado; tornou-se memória, que só toma vida como reação ao presente. A vida é o presente; Não é experiência. O peso e a força da experiência ensombram o presente, e o viver se torna experiência. A mente é experiência, o conhecido, não pode pôr-se no "estado de viver"; o seu viver é continuação da experiência. A mente só conhece a continuidade, e não pode receber o novo enquanto dura a sua continuidade. O contínuo não conhece o viver. A experiência é o meio de se conhecer o viver, que é um estado sem experiência. A experiência tem de cessar, para dar lugar ao viver.
A mente só pode chamar a sua própria projeção, o conhecido. Não se pode viver o desconhecido, enquanto a mente não deixa de juntar experiência. O pensamento é expressão da experiência; é reação da memória; e enquanto o pensamento intervém, não é possível o viver. Não há nenhum meio ou método para se pôr fim à experiência; porque o meio é justamente um obstáculo ao viver. Conhecer o fim é conhecer a continuidade; e ter um meio para alcançar o fim é sustentar o conhecido. O desejo de realização tem de desaparecer; este desejo é que cria o meio e o fim. A humildade é essencial para o viver. Mas, com que sofreguidão a mente absorve o viver para convertê-lo em experiência! Como se apressa a pensar a respeito do novo e torná-lo, assim, velho! É assim que ele cria "o experimentador" e a "coisa experimentada", de onde nasce o conflito da dualidade.
No viver não há experimentador nem coisa experimentada. A árvore, o cão, a estrela vespertina não são objetos para serem experimentados pelo experimentador; são o próprio movimento do viver. Não há separação entre o obseravdor e a coisa observada; não há tempo, intervalo espacial para o pensamento se identificar a si mesmo. O pensamento está de todo ausente, mas oser está presente. Este estado de ser não pode ser pensado nem meditado, e não é uma coisa para ser alcançada. O experimentador tem de cessar de experimentar, para dar lugar ao ser. Na tranquilidade do seu movimento atemporal.
*Extraído do livro "Comentários Sobre O Viver", Editora Cultrix.

SE

Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,

E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao mínimo fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais - tu serás um homem, ó meu filho!

Rudayard Kipling

sábado, 21 de março de 2009

Ego, o falso Centro


O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.

Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso.
Nascimento significa vir a esse mundo: o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce nesse mundo. Ela abre os olhos e vê os outros. O outro significa o
tu.
Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Esse também é o 'outro', também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo. É dessa maneira que a criança cresce.
Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, com tu, ela se torna consciente de si mesma.
Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que ela pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se a mãe aprecia a criança, se diz 'você é bonita', se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Assim, um ego começa a nascer.
Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é ela boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro refletido. Ele não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensa a seu respeito.
E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida, sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é ego. Isso também é um reflexo.
Primeiro a mãe. A mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.
O ego é um fenômeno cumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.
O verdadeiro só pode ser conhecido através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ele é uma disciplina. O verdadeiro só pode ser conhecido através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá à escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com as outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estarão adicionando algo ao seu ego, e todos estarão tentando modificá-lo, de modo que você não se torne um problema para a sociedade.
Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade. A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Eles não estão interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.
Assim, estão interessados em dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro...
Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade. Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao auto-conhecimento.
A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu - não é possível.
E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que esse é o seu centro, o ego dado pela sociedade.
Uma criança volta para casa. Se ela foi o primeiro lugar de sua sala, a família inteira fica feliz. Você a abraça e beija; você a coloca sobre os ombros e começa a dançar e diz 'que linda criança! você é um motivo de orgulho para nós.' Você está dando um ego para ela, um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, foi um fiasco na sala - ela não passou de ano ou tirou o último lugar, então ninguém a aprecia e a criança se sente rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.
O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. E é por isso que você está continuamente pedindo atenção.
Você obtém dos outros a idéia de quem você é. Não é uma experiência direta.
É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele.
Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem você é.
Os outros deram-lhe a idéia. E essa idéia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu. E lembre-se: vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará se despedaçando, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo; quando todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.
Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas...
Até mesmo o fato de ser infeliz lhe dá a sensação de "eu sou". Afastando-se do que é conhecido, o medo toma conta; você começa sentir medo da escuridão e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte de seu ser... É o mesmo que penetrar numa floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a floresta, a selva. Mas aqui dentro tudo está bem: você planejou tudo.
Foi assim que aconteceu. A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente, e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que ali você possa se sentir em casa.
E então você passa a sentir medo. Além da cerca existe perigo.
Além da cerca você é, tal como você é dentro da cerca - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto.
Precisamos ser ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.
Por um certo tempo, todos os limite ficarão perdidos. Por um certo tempo, você vai se sentir atordoado. Por um certo tempo, você vai se sentir muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.
Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o eu.
Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos, nasce uma nova ordem. Mas essa não é a ordem da sociedade - essa é a própria ordem da existência.
É o que Buda chama de
Dhamma, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas...
O ego tem uma certa qualidade: a de que ele está morto. Ele é de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não precisa procurar por ele; a busca não é necessária. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente mais um na multidão. Você é apenas uma turba. Se você não tem um centro autêntico, como pode ser um indivíduo?
O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu. E por isso você é tão infeliz. Como você pode ser feliz com uma vida de plástico? Como você pode estar em êxtase ser bem-aventurado com uma vida falsa? E esse ego cria muitos tormentos. O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego segue encontrando motivos para sofrer...
E assim as pessoas se tornam dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.
Tente entender isso. E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro entrou em choque com alguém.
Você esperava algo e isso não aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.
As causas não estão fora de você.
A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: 'Quem está me tornando infeliz?' 'Quem está causando a minha raiva?' 'Quem está causando a minha angústia?'
Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.
E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo - porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.
Mas lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego. Você não o pode abandonar. E se você tentar abandoná-lo, simplesmente estará conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: 'tornei-me humilde'...
Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece. Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que esse é o inferno, ele desaparece.
E então você nunca diz: 'eu abandonei o ego'. Você simplesmente irá rir de toda essa história, dessa piada, pois você era o criador de toda essa infelicidade...
É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.
Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente o observe.
Não tenha pressa em abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.
Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo... e então o verdadeiro centro surge.
E esse centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como quiser chamá-lo. Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir."
OSHO, Além das Fronteiras da Mente

A Rede de pensamentos

Nós temos que compreender o fato de que o controlador é o controlado. O pensamento criou o pensador separado do pensamento que então diz: "Eu devo controlar". Assim, quando vocês percebem que o controlador é o controlado, vocês eliminam totalmente o conflito. O conflito só existe quando há divisão. Nossa vida está em conflito porque nós vivemos com essa divisão. Mas essa divisão é falaciosa, não é real; ela tornou-se um hábito nosso, uma cultura nossa."

"Assim, quando percebemos esse fato (que o pensador é o pensamento) então todo o modelo do nosso pensamento sofre uma mudança radical e não há nenhum conflito. Essa mudança é absolutamente necessária se estamos meditando porque a meditação exige uma mente altamente compassiva e, portanto, altamente inteligente, com uma inteligência que nasce do amor, não do pensamento astucioso."

J.krishnamurti em "A Rede do Pensamento"
"Assim, quando percebemos esse fato (que o pensador é o pensamento) então todo o modelo do nosso pensamento sofre uma mudança radical e não há nenhum conflito. Essa mudança é absolutamente necessária se estamos meditando porque a meditação exige uma mente altamente compassiva e, portanto, altamente inteligente, com uma inteligência que nasce do amor, não do pensamento astucioso."

Krishnamurti

O medo

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Alfabetizacao ecologica - a Educacao das criancas para um mundo sustentavel


.... conceitos do pensamento sistemico na alfabetizacao ecologica......

Por meio da aplicacao da teoria dos sistemas as multiplas que interligam os membros da familia terrena, pode-se identificar conceitos essenciais que descrevem padroes e o processos pelos quais a natureza sustenta a vida. Esses conceitos, o ponto de partida para a criacao de comunidades sustentaveis,podem ser chamados de principios da ecologia, principios da sustentabilidade, principio da comunidade ou mesmo de fatos basicos da vida. Entre os mais importantes desses conceitos, reconhecidos por meio de observacao de centenas de ecosistema

1.Redes: os sistemas vivos se relacionam, se comunicam e partilham seus recursos sem perder a sua identidade.

2.Ciclos: o ambiente mantêm um fluxo contínuo de matéria e energia para a manutenção da vida, as sobras de uns são o alimento de outros e desta forma ,se considerarmos o ecossistema como um todo constatamos a inexistência de resíduos. A matéria circula livremente pela teia da vida.

3. Sistemas Aninhados: Em todas as escalas da natureza, encontramos sistemas vivos "aninhados" dentro outros sistemas vivos, redes dentro de redes. Embora os mesmos principios basicos de organizacao operem em cada escala, os diferentes sistemas representam niveis diferentes de complexidade

4. Interdependencia: A sustentabilidade das diferentes populacoes e a sustentabilidade de todo o ecossistema sao interdependentes. Nenhum organismo individual pode existir isoladamente

5.Diversidade: As teias ecológicas ,ricas e complexas possibilitam a estabilidade dos ecossistemas e a capacidade de recuperação dos mesmos; quanto maior a diversidade, maior resistência e capacidade de recuperação.

6. Fluxos: Todos os sistemas vivos, de organismos a ecossistemas,sao abertos. A energia solar transformada pela fotossíntese das plantas verdes em energia química move todos os ciclos ecológicos.

7. Desenvolvimento: Todos os sistemas vivos se desenvolvem e todo o desenvolvimento envolve aprendizagem. Durante o seu desenvolvimento, um ecossistema passa por uma seria de estagios sucessivos, que vao de um crescimento rapido, mudanca e expansao da comunidade pioneira, ate ciclos ecologicos mais lentos e um ecossistema explorado de maneira mais completa e estavel.

8.Equilíbrio dinâmico : um ecossistema é uma rede flexível em permanente mudança, quanto mais níveis de realimentação maior a possibilidade de manter o estado homeostático de equilíbrio dinâmico.

Assim a Alfabetização Ecológica, na concepção de Capra, reside em dois pressupostos: (a) conhecer os princípios ecológicos básicos para deles extrair determinadas lições morais, para a seguir (b) transpor essa moralidade presente na natureza às formações sociais humanas, a fim de se retomar o rumo civilizacional em padrões sustentáveis.


a danca com sistemas

1. Entrar no ritmo
2. Ouvir a Sabedoria do Sistema
3. Expor os proprios modelos mentais
4. Ser Humilde. Manter a atitude do aprendiz
5. Respeitar e proter a informacao
6. Situar a responsabilidade no sistema
7. Criar programas de realimentacao para sistemas de realimentacao
8. Prestar atencao no que e importante, nao apenas no que e quantificavel
9. Buscar o Bem do todo
10.Expandir os horizontes do tempo
11.Expandir os horizontes do pensamento
12.Expandir os limes da responsabilidade de cada um
13.Celebrar a complexidade
14.Manter-se firme na busca do bem
- Donella Meadows

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Krishna Das Baba Hanuman

Dia Historico!!

A Arte da Felicidade no Trabalho - Sua Santidade, o Dalai Lama e Howard C. Cutler

Este livro foi um presente de uma pessoa muito especial para mim e gostaria de dividir com todos alguns dos pontos abordados... De boa na lagoa

- A Infelicidade e provacada, em ultima analise, pelo hiato entre a aparencia e a realidade, pelo hiato entre o modo que percebemos as coisas e como as coisas como realmente são.

- O conceito budista de meio de vida correto não tem qualquer relacao com fazer qualquer tipo de julgamento moral sobre um estilo de vida afluente, ou sobre o montante de dinheiro que alguem ganha. O meio de vida correto não tem, portanto nenhuma conotacao imediata de simplicidade versus luxo.

- Nossa economia esta mudando rapidamente de uma economia de dinheiro para economia de satisfacao ( Martin Seligman)

Enquanto o espaco existir

Enquanto os seres sencientes existirem

Possa eu tambem existir

E dispersar as miserias do mundo

- Ao buscarmos otimizar nossa feliciadade no trabalho, cabe a cada um decidir qual nivel de desafio proporciona maior grau de crescimento e satisfacao

- A atitude com relacao ao trabalho e o fator mais importante E a consciencia de si tambem

- Mehor pesquisa sobre orientacao geral e atitude com relacao ao trabalho foi um estudo de 1997 conduzido pela doutora Amy Wrzesniewski, psicologa organizacional e professora de negocios da Universidade de Nova York, e seus colegas, que mostraram que os trabalhadores em geral se dividem em tres categorias distintas

  1. o primeiro grupo considera o trabalho apenas como um emprego. Para esses individuos, o principal são as compensacoes financeiras do trabalho

  1. o segundo grupo de individuos considera o trabalho como uma carreira . Para eles , o principal e a promocao. Em vez da motivacao financeira , essas pessoas são mais motivadas pelo prestigio

  1. A ultima categoria e a dos consideram o trabalho como vocacao. Esses individuos fazem o trabalho apenas pelo trabalho em si.Existe uma distancia menor entre o emprego e os outros aspectos da vida deles

- O autoconhecimento e a autoconsciencia de si são o principio-chave para obter mais satisfacao no trabalho

- Não dividir a vida em atividades academicas e experiencias pessoais: elas estao inter-relacionadas

- Os excessos tanto em termos de exagero qto de depreciacao, são igualmente destrutivos. Enfrentando esses obstaculos e examinando constantemente nosso carater pessoal, nossas qualidades e nossas capacidades, podemos aprender a nos conhecer melhor. E o modo de ficar mais consciente de si mesmo

- Auto-conhecimento e um fator crucial quando se fala de satisfacao no trabalho

- Identidade pessoas e um estado psicologico que reflete o autoconhecimento e uma nocao firme e coerente dos valores pessoais e da capacidade de manter as decisoes diante da oposicao dos outros

- Os pesquisadores constataram que os individuos com uma forte nocao de identidade podem ate desfrutar de outros beneficios, como ter menos brigas conjugais

- A individualidade e muito importamte para uma vida humana plena e portanto, há necessidade de periodo de lazer , férias e tempo para passar com a familia e amigos

- Tudo esta interligado , interdependente. Se voce apreciar a natureza interligada de todos os aspectos de sua vida, vai entender como varios fatores( como seus valores, atitudes e estado emocional) podem contribuir para sua sensacao de realizacao no trabalho e para sua satisfacao e felicidade na vida

- Quanto mais pudermos reduzir o hiato entre quem somos e o que fazemos, mais nosso trabalho vai se tornar facil


A Glandula pineal -